Porque é que reconhecemos sempre mais autoridade para falar de carpe diem e questões similares a um doente terminal ou de alguém quase a perecer? Será que achamos que a proximidade da morte lhes dá um insight sobre o que passa do outro lado? Que se tornam especialistas? Que ganham uma percepção especial da vida?
Porque é que não aceitamos da mesma forma as palavras de um jovem saudável que as de um velho moribundo? Será somente pelo factor experiência? Não será que é mesmo aquela imagem da inevitabilidade e da proximidade com a morte que nos faz acordar para a vida?
A partir do momento que nos apercebemos da nossa mortalidade, sei lá, por volta dos 10-12 anos, o nosso objectivo deveria ser unicamente fazermos aquilo que nos deixa feliz. Seja contribuir para o progresso da humanidade, ajudar o próximo, ou simplesmente "laurear a pevide" ad eternum. Independentemente de termos de conviver mais ou menos com a morte ao longo das nossas vidas. Cada vez que alguém me vem lembrar da felicidade como razão de existir, eu esboço sempre um sorriso amarelo, o mesmo que faria se alguém me viesse lembrar que para viver tenho de respirar. Como é óbvio, todos temos restrições, mas o segredo é maximizar a nossa felicidade dadas essas restrições (sejam elas monetárias, ou simplesmente a chamada preguiça).
Eu sei que não estou a inventar a roda, e que muitos acham o post redundante e até de mau gosto. A estes só lhes peço consistência e que não o achem "inspiracional" quando for a minha vez de estar moribundo.
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