quinta-feira, 29 de abril de 2010

The End

Acabaram de enterrar o país. Mesmo que em 2013 se atinja um défice público menor que 3%, com os encargos previstos para os anos seguintes (TGV, SCUTS, Aeroporto, ect...), o país já não tem qualquer viabilidade económica. Após o anúncio de ontem da assinatura da concessão Pinhal Interior (afinal 1.4 mil milhões de euros), esta foi a machadada final. Vamos definhar...

Palavras para quê?

Ontem à tarde, após a reunião/show-off de Sócrates e Passos Coelho, o Governo comprometeu-se em mais 1.2 mil milhões de euros.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Baby steps

E foram precisos ataques especulativos para isto. Imagino o cataclismo que será necessário para cancelar os mega-projectos.

Tonecas

Este senhor não tem vergonha. Ainda envia recados...

João Galamba e a S&P

João Galamba, no blog Jugular, apresenta um raciocínio brilhante sobre o downgrade da S&P da dívida pública Portuguesa:

"Os mercados querem, os mercados agem, o mercados isto e aquilo. O 'mercado' faz o que lhe compete: especula e tenta ganhar dinheiro. Racionalidade? O comportamento de cada agente até pode ser racional, mas o resultado de tudo isto é uma enorme irracionalidade colectiva. Um exemplo é o facto da S&P dizer que baixa o rating por causa da falta de crescimento, sem atender ao facto que esse corte ainda agrava mais a situação portuguesa."

Para João Galamba, a S&P não deve fazer downgrades porque dificulta ainda mais a situação portuguesa. Para João Galamba, a S&P deve ajudar Portugal de alguma forma, como ignorando a situação financeira do país e basicamente não fazer o seu trabalho de forma isenta (bem sei dos podres das agencias de rating, mas neste caso é atirar areia para os olhos).

É o Estado Português que tem de mostrar credibilidade e garantir aos credores que vai pagar as suas dívidas! Obviamente que Portugal está a ser penalizado pelo problema grego, mas a responsabilidade é nossa! Foi Portugal que teve um défice orçamental de 9,4%, uma dívida pública directa perto dos 80%, com perspectivas de subida a cima dos 100% nos próximos 2 anos, e é Portugal que apresenta estimativas de crescimento ecónómicas abaixo de 1% para os próximos 2 anos.

A S&P não tem de nos ajudar em nada...somos nós que temos de fazer o nosso trabalho!

Começou hoje o novo Bloco Central

12h30m


A conversa entre o Sócrates e o Passos Coelho deve estar a correr bem...

Mas será que são parvos?

Greek Stocks Regulator Bans Short Selling From Today to June 28.

Às 9h45m...

Ponto da situação

Bem, hoje tinha preparado um post sobre os rituais de acasalamento dos guaxinins, no entanto a situação económica do país faz com que eu tenha de adiar por uns dias o debruçar-me sobre este interessante tópico.
Falemos então de bom senso. Não percebo a posição dos responsáveis políticos portugueses. É como um maquinista acompanhar um descarrilamento impávido e sereno, enquanto repete mensagens autistas sobre as condições da linha. Não acho compreensível este sentimento de surpresa quando todos os sinais indicavam que o rating da nossa dívida iria baixar. Não compreendo a falta de ambição no nosso PEC. 8,3% de défice em 2010?! Será melhor revê-lo agora depois de todos os ataques especulativos, crescimento do custo da dívida para níveis recorde e quebra do Psi-20 em mais de 20% desde o ínicio do ano?

É muito fácil apontar factores externos. Falta de liderança europeia e consequente solidariedade, os especuladores, as agências de rating, etc. No entanto nós temos que fazer o nosso papel. Só se o fizermos bem, podemos exigir aos outros um maior empenho em ajudar-nos na nossa situação.

O que temos a fazer então? Temos de ser ambiciosos. Apresentar um novo PEC. Que realmente ataque as despesas, mesmo as despesas com pessoal. Se há algo de bom que esta situação trouxe, foi a de urgência, de necessidade. É sempre mais fácil de implementar medidas se estas forem impostas por agentes externos.
Se a credibilidade dos nossos números é vista como uma questão importante (como é normal que seja), então venham equipas de entidades externas auditar as nossas contas. Quem não deve não teme. Devemos estar disponível para qualquer escrutínio externo se depois quisermos usufruir da denominada solidariedade europeia.
Apesar de neste momento não estar no topo da agenda, continuamos a manter os investimentos megalómanos nos transportes que irão trazer muito pouco valor acrescentado. Vejamos o exemplo da minha cidade natal Beja, e o seu novo aeroporto, ou deveria chamar-lhe parque de estacionamento de aviões? Volto a relembrar o bom senso. O riscar estes projectos seria dar um sinal de credibilidade e empenho por parte do governo em colocar as contas em ordem e não embarcar neste projectos de retorno bastante duvidoso.
Bloco Central. Mais uma vez se o problema da governabilidade é visto como um factor de instabilidade, então o consenso deve ser criado. Neste momento apenas temos uma direcção, o consenso não deveria ser tão difícil.
Muitos dirão que o caminho que aponto é apenas um ceder aos caprichos dos mercados internacionais. Porém, nós não estamos em posição de "tough bargainers", temos de engolir o orgulho e seguir em frente.
Neste momento, no entanto, o maior risco é no entanto de uma solução à portuguesa. De colocar os problemas para debaixo do tapete, adoptando apenas soluções de curto prazo, através de mais receitas extraordinárias ou outras que tais. Devemos agradar os mercados, mas mais do que termos uma indicação de um número agradável de défice no curto prazo, temos que adoptar soluções responsáveis para não vivermos neste "limbo" constante nos próximos anos.
O momento é agora, mãos à obra.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Imaginação

A reunião de amanhã, será puro show-off ou será o acordar para a realidade? Aposto mais para a primeira...mas espero me engane!

Espero que ambos tenham a noção de que, se o país entrar numa espiral semelhante à grega, muito dificilmente a UE salvará 2 países da insolvência. Portugal tem de agir já, reduzir despesa e acalmar os mercados, de dívida e bolsista. Mas reduzir a sério a despesa pública, com coragem, tomar medidas difíceis, chega de atirar os problemas para trás das costas ou para lá de 2013. É necessário um corte urgente nas despesas correntes do estado, nas despesas sociais, nos mega-investimentos públicos, privatizar empresas inviáveis dentro do sector público (transportes, TAP, RTP, etc...). Há tanto por fazer. Pede-se sobretudo imaginação!

domingo, 25 de abril de 2010

Volta escudo, estás perdoado?

Post interessante no Desmitos sobre os custos e benefícios de uma saída do euro. 
Espero que não sigamos o caminho mais fácil, como de costume. 
De qualquer forma, por estas e por outras vou manter a minha conta bancária na Holanda. 
Em euros.

Brain Drain

Os estudos citados pelo blogue The Portuguese Economy parecem desmenti-lo ao colocarem Portugal com uma % de emigração de trabalhadores qualificados superior ao Togo, Malawi e Cambodja, sendo o segundo país da OCDE com a % mais alta. 
Mais preocupante que isto é que, ao que parece, o número tem vindo a aumentar nos últimos anos e não se vislumbram melhorias. O blogue aponta como causas evidentes o fraco crescimento económico e a consequente subida da taxa de desemprego.
Na minha opinião a causa mais impactante da subida nos últimos anos foi a mobilidade que hoje gozamos no espaço europeu, aliada à aposta no ensino da língua inglesa nas nossas escolas. Nos dias que correm com muita facilidade estamos a trabalhar em qualquer país da zona euro, com um salário muito superior ao que se ganha em Portugal e com mais oportunidades de crescer na carreira. Este imobilismo na estrutura das empresas no nosso país é um dos factores, que na minha opinião, mais influenciam os jovens na sua decisão de tentar a sua sorte fora de portas. 
E depois há a descrença. A descrença nas vantagens competitivas do nosso país. Não só as actuais mas principalmente as futuras. A decisão de não querer fazer parte de um projecto perdedor. 
Há que mudar este estigma. Até porque muitos de nós queremos regressar. 

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Paradoxo da escolha

Todos já experimentámos a sensação de termos demasiadas escolhas. A variedade de molhos para salada que o Barry Schwartz refere no vídeo, de marcas de cereais ou de tipos de portáteis, faz com que em muitas situações das nossas vidas nós bloqueemos e posteriormente lamentemos decisões que tomámos, deixando-nos menos felizes.

O argumento deste senhor é o de que, mais escolhas, para além de um determinado nível hipotético, nos farão mais infelizes pelos argumentos supracitados. E o que pode parecer insignificante se a escolha for entre maçãs starking e royal gala, o impacto na nossa vida pode ser substancial se for na escolha de um plano de pensões ou compra de uma casa.

Hoje as possibilidades são imensas e decerto que muitos de nós já passámos algum tempo com o écran branco do google, enquanto tentávamos discernir o que realmente estávamos à procura.
Eu pessoalmente discordo do Barry. Penso que o problema, não é o das escolhas em demasia, mas o de no fundo criarmos os mecanismos de triagem necessários, como alguém referia nos comentários ao vídeo. O google em si já é um mecanismo de triagem, um farol no infindável rol de opções que a internet hoje nos proporciona. O período em que vivemos é o de adaptação a esta nova realidade. E a sucessão de experiências, ou aconselhamento necessário, trarão escolhas mais conscientes e satisfatórias.

As escolhas, são o que nos torna interessantes, o que dá cor às nossas vidas, o que nos suscita curiosidade. Nós não temos capacidade de processar tantas escolhas? Então arranje-se algo que o faça por nós. Mas de uma forma personalizada. E neste campo estarão de certeza algumas das ideias mais rentáveis dos próximos anos. 
Até porque, nem todos gostamos do amarelo.

PS: Refira-se no entanto que aqui quando falo de felicidade, não falo de felicidade sintética. Essa fica para o próximo post, que até poderá parecer contraditório, mas não é.

 

quinta-feira, 22 de abril de 2010

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Portugal e o Euro: Uma história de Amor!!!

Fonte: Fundo Monetário Internacional (incluíndo estimativas 2010-12 e 2015).

domingo, 18 de abril de 2010

Deleverage mundial

Esta última crise económica do mundo desenvolvido teve consequências gravíssimas nos níveis de endividamento dos vários países. As próximas gerações sofrerão as suas consequências. No entanto, algo positivo acontecerá. O modelo de crescimento económico dos países desenvolvidos vai mudar! O crescimento baseado em elevados níveis de consumo suportados por elevados níveis de endividamento vai chegar ao fim.
A economia americana mostra finalmente sinais, mesmo que tímidos, de recuperação. No entanto, apesar de tímidos, os sinais são saudáveis! O crescimento está a ser liderado pelas exportações e a poupança privada aumentou substancialmente. Este "deleverage" das economias dos países industrializados vai demorar alguns anos, talvez décadas, mas porventura teremos um dos mais saudáveis períodos de crescimento económico de sempre. Iremos assistir à substituição dos EUA pela China, no papel de maior consumidor mundial, com efeito visível na valorização do yuan face ao dólar e ao euro. A China, focará o seu crescimento mais no consumo interno, permitindo à Europa e à América do Norte, privilegiarem as exportações e a poupança. O modelo alemão será o guideline. O sistema financeiro deixará de ser um motor de crescimento, e o foco cairá na produtividade e em ganhos de quotas de exportações nos mercados externos. Terão de ser feitos alguns sacrifícios para garantir a competitividade, à semelhança da Alemanha na última década.
Será que Portugal conseguirá também fazer esse mesmo "deleverage"? Ninguém terá certezas...mas penso que todos temos grandes dúvidas!

Portugalidades

É de tal modo escandaloso, que já ninguém liga...

Último reduto

Quando nos perguntamos do ponto de vista estrutural qual o valor acrescentado que hoje em dia os europeus ainda trazem à cadeia de valor, encontramos normalmente a inovação à cabeça.
Ameaçados por mais baixos custos industriais, agrícolas e de serviços de empresas dos países denominados como emergentes, bem como pelas sua crescente produtividade e menores restrições a nível de lei laboral, a inovação e desenvolvimento de ideias seriam o nosso ás de trunfo neste competitivo mundo empresarial. 

A cadeia de valor seria: nós criamos a ideia (sim, estou a incluir um Portugal de bicos de pés neste rol de países), desenhamos o produto e depois este será produzido em países que minimizem os custos de fabrico. Posteriormente, a necessidade para o produto é criada, ou melhor, exponenciada pelos nossos magos de publicidade, ou seja, novamente do lado de cá.
A manter-se este modelo, a grande parte do valor criado ficaria no mundo ocidental, até porque sem a criação da ideia e principalmente da necessidade todo o resto do processo traria um valor económico nulo.

O mundo está no entanto a mudar. Num dossier recente do Economist sobre inovação em países emergentes, encontrei este artigo que fala sobre "frugal innovation", que representa inovação a nível do redesenho de produtos, processos e modelos de negócios. Parte muitas vezes da adequação dos modelos de negócios às realidades locais. Acho por exemplo admirável o caso do Devi Shetti, que detém hospitais na India, onde a partilha de informação, economias de escala, e a optimização de processos, lhe permitiram fazer com que preço de uma operação ao coração possa custar menos de 90% do que nos Estados Unidos, com taxas de sucesso idênticas e rentabilidade superior à média dos Hospitais privados americanos.
Podemos advogar que este tipo de inovação é consistente com a inovação levada a cabo na Europa ou Estados Unidos. Que pode coexistir. Sim, penso que sim, para já. Mas não podemos considerá-la um parente pobre. Até porque ela parte da necessidade para a ideia e não ao contrário.

Mesmo na fase a jusante da cadeia de valor os países emergentes darão cartas. Aliás, já dão. Não é por acaso que a Unilever instalou o seu Concept Center em Xangai e os melhores criativos de marketing já se encontram a trabalhar na Ásia. Neste mercado com com pouca fidelidade a marcas (visto serem um conceito relativamente novo), a publicidade é feroz. Com grande parte dos consumidores do futuro a serem provenientes da classe média destes países, não é muito difícil de ver onde serão feitos os maiores avanços na publicidade e na tal exponenciação das necessidades.

Qual será então o nosso papel no mundo? O truque é olhar para estes países como oportunidades a explorar, para colocar os nossos produtos, já que as necessidades já estão a ser criadas. E não devemos ter vergonha de ser esta a nossa vez de copiarmos alguns modelos criados nestes países. E não nos esqueçamos de que neste momento ainda temos o nosso papel de relevo no mundo, com as melhores práticas de gestão a ainda estarem do lado das empresas no mundo ocidental (talvez não em Portugal).  
Devemos olhar para o mundo de uma forma global e não estranharei se daqui a uns anos (não muitos), os chamados BRIC, (aliás, deveria ser BIC) estiverem a absorver a maioria dos nossos talentos.


terça-feira, 13 de abril de 2010

Capitalismo Selvagem!

O governo cubano decidiu privatizar as barbearias e salões de beleza com menos de 3 empregados!!!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O PSD

Dúvido que a união ou unanimismo, de que tanto se tem falado sobre o PSD nestes últimos dias, se mantenha durante muito mais tempo. Na realidade o PSD não é um partido político, é um veículo para chegar ao poder. É basicamente um partido sem ideologia! Não existe. Por isso é que naquele partido cabem pessoas com pensamentos completamente diferentes. Como é que é possível no mesmo partido estarem Pedro Santana Lopes e Pacheco Pereira? Ou Ferreira Leite e Paços Coelho? Ou Marcelo Rebelo de Sousa e Alberto João Jardim? Recordo-me de numa entrevista, Judite de Sousa perguntar a Durão Barroso qual era o seu posicionamento político, e este a responder apenas: "Não socialista".

O que une então um partido não ideológico? O PS. Só mesmo o PS une o PSD. A vontade de ganhar as eleições ao PS é o único gerador de consensos naquele partido. O partido une-se quando sente a possibilidade de uma vitória eleitoral. Neste momento, o partido após uma vitória categórica de Paços Coelho, sente que ele pode vencer Sócrates. E une-se. Mas rapidamente irá desunir-se se o efeito Paços Coelho não se reflectir nas sondagens. É a sina de um partido que não consegue manter os seus membros numa linha minimamente homogénea de pensamento.

domingo, 11 de abril de 2010

sábado, 10 de abril de 2010

Jogo das cadeiras


Achei interessante este artigo do Economist sobre o chamado jogo das cadeiras sentimental nos Estados Unidos, entre os negros.
O desequilíbrio, ou seja, a cadeira retirada começa quando um em cada nove homens negros de idades compreendidas entre os 20 e os 29, está atrás das grades. Desta forma as mulheres têm que ser muito mais competitivas nas relações, cedendo muito mais facilmente aos caprichos (ups, necessidades) dos homens.

Os homens negros? Esses estão numa situação ideal. Podem escolher. Papéis invertidos. Um mundo de sonho. É por estas e por outras que não percebo o Michael Jackson. Porque raio queria o "homem" ser branco? 

Para mim o cerne da questão é ainda outro. E nós?! Que nos esfalfamos para arranjar uma miúda decente? Parece-me no mínimo injusto!
Mas porque é que 96% das mulheres negras estão casadas com homens negros? Depois de analisadas as probabilidades, parece que preferem estar sozinhas, mães solteiras ou a fazerem parte do harém de um tal de Tyrone, a "acasalarem" com homens de outras raças. Devemos estar a fazer algo mal. 

Deve ser mesmo verdade o que dizem, "Once you go black, you'll never go back".

Sempre suspeitei

Confirmei agora com fiáveis dados estatísticos.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Epá, mau sinal...

Lá vamos nós outra vez... tomam sempre o mesmo caminho
Step 1. Check.

Chicoespertolândia

Sugiro a mudança do nome do nosso país para Chicoespertolândia. Todos nós sabemos que o português é um povo que sabe tudo sobre absolutamente tudo e, por isso mesmo, acha que consegue ser mais esperto e enganar qualquer outro povo. Penso que isto é bem evidente na nossa sociedade:
1) Politica: Não é à toa que a grande parte da nossa classe politica (que por sinal é onde se encontra maior concentração de Chico Espertos) está constantemente a aparecer nos meios de comunicação devido aos seus “esquemazinhos”. Digo “esquemazinhos” porque nem sequer dão dinheiro a sério como foram os casos Freeport, Face Oculta (onde é que já se viu um Vice-Presidente de um banco e ex-politico ser subornado por um sucateiro por 10.000€), etc. Penso que este artigo do Diário de Noticias diz muito.

2) Televisão: Se não fossemos um país de Chico Espertos provavelmente os programas de opinião pública não teriam o sucesso que têm actualmente. Eu sei que todos nós temos um Miguel Sousa Tavares/Marcelo Rebelo de Sousa/Rui Santos dentro de nós. Se tentarmos cometer a proeza de ver apenas canais portugueses durante um dia inteiro iremos apanhar com dezenas de programas onde é permitido à Dona Arminda Marques (56 anos, Reformada, Linda-a-Velha) comentar a viabilidade do TGV (é que ela tem uma irmã na França que andou duas vezes de TGV e portanto está habilitada a comentar qualquer assunto referente a essa temática) e ao Sr.Bruno Lopes (37 anos, Técnico de Vendas, Rio Tinto) expressar a sua opinião sobre a constitucionalidade da lei do casamento homossexual.

3) Futebol: Aqui, para além dos variadíssimos casos de aliciamento de árbitros e de transferências de jogadores duvidosas, vemos uma elevada incidência de Chicoespertice nos treinadores nacionais. Só poderá ser devido a esta doença que afecta a generalidade dos portugueses e que nos confere a capacidade de acharmos que conseguimos ludibriar os outros que a maior parte dos treinadores nacionais, quando joga nas competições europeias, altera a sua equipa/táctica tipo em alturas criticas. Como é óbvio nunca corre bem e isso viu-se ontem em Liverpool. (Sim, escrevi tudo isto só para dizer que fiquei lixado com a derrota de ontem e com as escolhas do Jesus. Mas apesar do que se passou ontem, o homem é o maior!)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Benchmark Holanda (1) - Sistema de Saúde

Vou aproveitar o facto de me encontrar a viver na Holanda, para descrever e opinar sobre vários aspectos da vida neste país. Utilizo o termo benchmark porque pretendo, sem complexos, a comparação com a situação portuguesa, sempre com a ressalva de que a realidade e principalmente mentalidade são bem diferentes nestes 2 países.

Começo pelo sistema de saúde, até porque recentemente vi-me forçado a recorrer ao mesmo. Não que esteja em posição de corroborar o relatório Euro Health Consumer Index que coloca o sistema holandês como o melhor a nível europeu, até porque felizmente não experimentei todos os sistemas de saúde na europa, no entanto fiquei bastante satisfeito com os standards apresentados.

Na Holanda o modelo em vigor é recente (2006) onde praticamente todos os intervenientes são privados. Há um seguro de saúde obrigatório por lei, e o montante a pagar está indexado ao nível de cuidado que se pretende, ou seja, por exemplo quem desejar cuidados como fisioterapia ou odontologia terá que pagar um valor adicional. O montante para o seguro básico ronda uns acessíveis 80-100 euros por mês (acessíveis pelo padrão holandês, utilizaria o adjectivo proibitivos se me referisse a Portugal).

Um factor chave para eu ser apologista deste modelo é o facto do seguro não estar indexado a factores como idade, ou outros factores de risco, como doença, etc, como acontece noutros sistemas. Desta forma, há a chamada equalização do risco. Ninguém irá pagar mais por estar doente, ou já ter uma idade avançada.

As responsabilidades do estado são apenas relacionadas com o custear de doenças com acamamento contante, gastos relacionados com deficiências, etc, ou seja doenças que prossuponham incapacidade permanente.

Àqueles que defendem que o sistema terá menos qualidade que o público, devido a critérios economicistas, e de contenção de custos, o governo holandês respondeu com uma eficiente fiscalização e eu acrescento também que os elevados gastos com o seguro de saúde permitem ao utilizador ter um maior poder de negociação exigindo serviços de superior qualidade. Essa consciencialização aliada a mais informação permitem um superior controlo de qualidade.

Para finalizar, outro aspecto muito importante no sistema, é o estado subsidiar de todos aqueles que não tenham rendimentos para poder pagar o seguro de saúde. Desta forma, ao custear apenas os mais pobres e aqueles que realmente não podem pagar, conseguem minimizar a sua intervenção e principalmente os gastos com o sistema. Por exemplo, quantos de nós não podem pagar bem mais do que a taxa moderadora? Então porque é que ela é aplicada sem qualquer critério diferenciador?
À vossa atenção.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Menos, Record, muito menos

Sim, isto foi exactamente o mesmo que o Messi fez, sem tirar nem pôr.

Internet vs. Televisão


Muitos têm tentado comparar a internet à televisão. Falam apenas da transferência de vícios daqueles que antes não concebiam uma casa sem televisão (para onde é que o sofá fica virado), e que agora não concebem a sua vida sem um portátil e uma ligação de alta velocidade. 
Muitos pensam que é apenas uma transformação na tecnologia e na forma como a informação é apresentada. Discordo totalmente.

A mudança, é em todo o modelo em si e está a transformar-nos profundamente. Os que aderiram à internet, buscam a informação de uma forma activa, desenvolvem os seus interesses, partilham-nos de uma forma interactiva. Segregam fontes com mais facilidade, ouvem e lêem diferentes abordagens, pensam e promulgam o seu parecer numa infindável lista de blogues, jornais online, etc. 

Vários movimentos se criaram na internet, um dos mais interessantes é o da revolta dos consumidores. Nunca o escrutínio a um simples comando de tv, por exemplo, foi tão grande. Queremos saber todas as especificidades e se os utilizadores que compraram o mesmo item estão felizes com a escolha. Aos poucos a pressão passa para o lado do fabricante, sendo este o melhor método de controlo de qualidade que eu conheço.

A televisão, por muita capacidade de escolha que tenhamos (1000 canais, com recurso a meos, a gravação de programas, etc), será sempre uma opção passiva, preguiçosa, tendo criando gerações de mentecaptos, onde infelizmente me incluo. Os problemas não são explicados porque não há tempo, as verdadeiras questões não são debatidas, porque o tempo se esgotou. Nisso têm razão, o tempo da televisão está esgotado.

Consciente ou inconscientemente esta alteração está a mudar as nossas vidas, a forma como vemos a sociedade, como vemos os outros. A este nível os nosso filhos terão mais sorte do que nós, a outros nem por isso.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Zeinal Bava e o português

Peanuts

Muito se tem falado nos últimos 3-4 meses sobre a situação económico-financeira da Grécia. Ainda hoje o spread das obrigações do estado grego sobre as obrigações alemães superou os 400 pontos base. A suposta intervenção do FMI e UE ainda não foi clarificada, a bolsa de Atenas afundou hoje perto de 3% e os credit default swaps (CDS) estão perto dos 375 pontos base. Perante isto, muitos acusam a Alemanha, em especial a chanceler Merkel de falta de solidariedade europeia, ao não permitir a Comissão Europeia, liderada pelo nosso compatriota José Barroso e pelo seu fiel comissário Joaquin "Mr. Magoo" Almunia, realize um "bail-out" do estado grego.

Para além de ter a maioria do apoio da sua população, Merkel baseia-se numa simples premissa, não quer pagar os erros dos outros.

A Grécia tem um défice público de 12.7% do PIB, dívida pública a 113% do PIB, défice externo > 10% do PIB, taxa de desemprego perto dos 10%,
corrupção elevadíssima (é o país da UE com o pior índice de percepção de corrupção, a par da Roménia), pouca liberdade económica (na UE, pior só a Itália) e uma burocracia gigantesca (ao nível da Argentina e das Filipinas de acordo com a IMD).

Mas para quem já sofreu invasões de todo o tipo de povos - Persas, Macedónios, Romanos, Godos, Vândalos, Eslavos, Búlgaros, Árabes, Cruzados, Otomanos, Sérvios, Venezianos, Alemães, Italianos, you name it - tudo isto que se passa agora são "peanuts"...

Público apoia PSD

O Público de hoje noticia que o “PSD tem mais dívidas do que todos os outros partidos juntos”. Alguns sociais-democratas poderão ver este artigo do Público como uma tentativa de descredibilização do partido. Discordo totalmente! Na minha opinião, isto não é mais do que uma descarada campanha de apoio ao partido social-democrata. Passo a explicar…


A notícia refere que o PSD, no final de 2008, devia mais de 10 milhões de euros enquanto que os outros 15 partidos deviam 6,2 milhões de euros. No entanto, o mesmo artigo refere que a divida do PSD baixo de 16,9 milhões de euros, em 2005, para 10,1 milhões de euros, em 2008. Uma impressionante redução de 40%! Agora imaginemos estes senhores a governar Portugal. Se eles, em 3 anos, conseguem reduzir 40% da divida de um partido (um dos maiores) que é mais endividado do que todos os outros juntos imaginemos o que eles fariam com a divida de um país pequenininho que nem sequer é o mais endividado da Zona Euro. Parece-me óbvio que o título “PSD tem mais dívidas do que todos os outros partidos juntos” quer dizer “Gente! Votem nestes tipos que eles sabem o que hão-de fazer à nossa divida!”


Nota: apesar do artigo demonstrar que os meninos do PSD são uns mestres na arte de reduzir divida houve um dado que me colocou algumas reservas sobre a competência destes senhores. De acordo com a notícia, o PSD possui 10 infracções nas suas contas segundo o acórdão do TC enquanto que o PS possui apenas 6. Penso que há duas visões relativamente a este aspecto: a primeira mais irrealista, o PS é menos trapalhão que o PSD logo tem menos irregularidades ou então, o PS é melhor na arte da maquilhagem de contas, arte essa que é fundamental para a governação de um país porque senão acontece-nos o mesmo do que aconteceu à Grécia quando descobriram que os meninos martelavam as contas nacionais.

Música para todos

Todos sabemos das supostas dificuldades em que vive a industria da musica e cinematográfica, e da queda de receita que decorreu da proliferacão da pirataria na internet. Encontrei no entanto recentemente um artigo que vem colocar um travão nas verdadeiras questões morais que envolvem a pirataria.
Quando a questão é colocada nos media, os artistas surgem à cabeça como os principais prejudicados, comparando o usufruto ilegítimo da sua propriedade intelectual com um assalto a uma casa de velhotes, ou quase à crueldade de roubar um chupa-chupa a uma criança. Não digo que em teoria o acto em si não seja reprovável, no entanto analisemos os factos para verificarmos as repercussões práticas.

Neste texto no blog do times, foram desagregadas as receitas da indústria da música, em vários sub grupos.
Curiosamente, ou talvez não, as receitas destinadas aos artistas, sejam através de royalties associados aos direitos de autor ou principalmente de receitas de bilheteira de concertos, aumentaram bastante.
Na minha opinião, a lógica é a seguinte, através da massificação da distribuição gratuita, hoje em dia eu devo ter certa de 30-40 bandas preferidas, quando na altura em que tinha de comprar cd's, ou as fantásticas k-7s, me limitava a meia duzia. De uma forma inteligente estas bandas e empresas promotoras de concertos aproveitaram esta realidade para aumentar substancialmente os seus rendimentos. Exemplo disso, são os mais 15 concertos que eu já tenho agendados para ir quando for a Portugal. País esse que até costumava ser bastante periférico também neste tópico das actuações ao vivo. Desta forma os artistas garantem receitas através de um activo não é replicável, activo esse que foi valorizado através da difusão pirata. Sim, porque a experiência de concerto nunca poderá ser comparada ao ouvir de um CD.

Resumindo, + pirataria -» - receitas das produtoras discográficas, + receitas dos artistas, + variedade musical e principalmente + concertos (só espero que sem o efeito nefasto da subida de preços dos mesmos!)

Parece-me razoável.

Num próximo tópico, vou no entanto referir como a pirataria poderá ser um presente envenenado.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Os Hedge Funds contra-atacam

Surgem hoje notícias que os bancos espanhóis, Sabadell e Bankinter, estão sobre ataque cerrado de Hedge Funds americanos. As acções cairam significativamente desde o ínico do ano e vários Hedge Funds revelaram agora possuir posições curtas em montantes de cerca de 1,3% das acções do Sabadell, e pasmem-se 0,25% do Bankinter! Mais uma vez, os Hedge Funds "andam por ai" (qual Santana Lopes) a espalhar o terror.

Contudo os motivos da má performance são naturalmente outros. Quer o Sabadell quer o Bankinter, são bancos exclusivamente de perfil doméstico, sem qualquer diversificação geográfica. Como é sabido, o mercado imobiliário espanhol afundou de forma espectacular, e enquanto que o Santader e o BBVA, e até em pequena escala o banco Popular, conseguiram mascarar a quebra interna com os bons resultados exteriores, o Sabadell e o Bankinter não o poderam fazer. Por outro lado, estes dois bancos sempre foram demasiado valorizados comparativamente aos seus peers ibéricos, nomeadamente o Bankinter, cuja aposta em internetbanking o levou a ser uma espécie de "google" da banca europeia, com múltiplos de P/E de 20-30x até à alguns anos atrás! O ajustamento das acções era portanto inevitável.

Mas de facto, é mais fácil inventar inimigos externos do que reconhecer os próprios erros.

God bless America

Eu não percebo o porquê deste escândalo com os tipos do RNC. Quem nos diz que as doações não foram especificamente feitas para serem utilizadas num "bondage themed lesbian strip club"?
No vídeo, gosto particularmente da recriação com os marretas.

domingo, 4 de abril de 2010

Mexia e Seguro

Este ano o António Mexia vai receber cerca de € 3 milhões de remunerações, fixas e variáveis, referente a 2009. Vergonhoso dizem uns, chocante acrescentam outros. Obsceno diz mesmo António José Seguro. Acrescenta ainda o António José Seguro, que ainda por cima a EDP é a empresa mais endivida no mercado de capitais em Portugal, com cerca de € 14 mil milhões de Dívida. Seguro lança a suspeita portanto, de que a empresa está demasiado alavancada e/ou é mal gerida. Logo, a remuneração de Mexia seria ainda mais escandalosa...mesmo até obscena

Pois bem, olhando com atenção para as contas de 2009 da empresa, afinal é a Dívida Líquida que atinge os € 14 mil milhões, sendo que a própria Dívida "bruta" é portanto superior. Mas também, verifa-se que o EBITDA da EDP é de quase € 3,4 mil milhões, o que implica um rácio de Net Debt / EBITDA de 4,2x. Comparando com os restantes empresas do Euronext (psi 20), o nível de alavancagem é afinal moderado. Basta ver a Brisa, que tem um rácio Net Debt/EBITDA superior a 7x, ou a REN (gerida pelo amigo Penedos) com um rácio de 5,2 x (2009). O dr. Seguro, no alto da sua experiência financeira, não sabe que o nível de endividamento deve ser comparado à capacidade de geração de cash-flows da empresa, ou seja, deve ser visto de forma relativa!

Uma coisa é criticar a remuneração do Mexia, outra coisa é inventar problemas/factos que simplesmente não existem. Mas descansem, se Rui Pedro Soares chegou a administrador da PT, também António José Seguro, mais tarde ou mais cedo, chegará a administrador de uma qualquer empresa do psi-20. Quando ai chegar, aposto que já olhará para os indicadores de forma relativa.

Celibato, dizem eles...

As recentes notícias sobre abusos sexuais de padres da igreja católica, de todos os cantos do mundo, sobre menores, vêm trazer a lume, a polémica questão do celibato dos sacerdotes.
Findas as questões de direitos de propriedade que a sucessão dos padres trazia na Idade Média, então a questão que se coloca dever-se-ia relacionar com o desempenho dos padres.
Como em qualquer profissão a questão principal deve estar ligada ao desempenho das suas funções e cumprimento dos seus objectivos, sejam eles espalhar a palavra de Deus ou os bons princípios morais, ou tornarmos melhores seres humanos.
Será que um Padre casado e com filhos tem menos autoridade para fazer comentários sobre como ajudar o próximo? Será que esse facto o vai distanciar de Deus? Não me cabe a mim dizer. Existem no entanto várias experiências de padres católicos casados. Podem assim realizar-se comparações. Como em qualquer organização que se preze.
O argumento de que o celibato é única forma verdadeira de mostrar a sua devoção por Deus, parece-me fraco até porque o verdadeiro objectivo da igreja deveria ser o de converter um número máximo de fiéis e não apenas restringir a vida de meia dúzia de mensageiros.
Em último caso, defendo que voltemos à abstinência no dia da celebração da eucaristia. Era um passo em frente.
Agora não me venham dizer que não há qualquer relação entre os casos de pedofilia e o celibato dos padres. E nem que os casos relacionados com a igreja representam apenas 0.4% do total. Cada caso é repugnante e deve ser evitado a todo o custo, se soubermos como. E neste caso, temos uma pista.

Mexer os cordelinhos

Deixa-me triste e desapontado, embora não fique surpreso com esta nossa miopia. Um "estudo" relativamente recente concluiu que os portugueses são muito tolerantes com a corrupção. Nada de novo, comenta-se. Parece que somos bastante condescendentes com a “corrupção que produza efeitos benéficos para a sociedade”. A expressão em si é paradoxal e infeliz. Não conheço qualquer tipo de corrupção que seja benéfica e que venha suprir injustiças sociais como se subentende na notícia com a analogia com Robin dos Bosques. Os eufemismos “cunha”, ou o “dar o jeitinho” e “mexer os cordelinhos” significam na prática corrupção. E nada há de benéfico nisto.

É importante frisar que o recrutamento de alguém por cunha, seja por filiação partidária, por laços familiares ou afectivos, tem inúmeras externalidades negativas. Seja a descredibilização da instituição em causa, a fraca produtividade do empregado por ter as “costas quentes”, ou o efeito negativo que terá para a empresa/organismo,etc o facto de não ser a melhor pessoa para o lugar, no contacto com clientes/utentes e no desempenho das suas tarefas. Para já não falar que este atentado à meritocracia mina o nosso sistema de educação e de aquisição de competências, pela ausência de incentivos.

A corrupção, mesmo na sua forma supostamente menos gravosa, o dar o jeitinho, pode custar vidas, o que com alguma probabilidade acontece diariamente no acesso a dezenas de hospitais portugueses.

Será que não nos apercebemos da correlação (se me permitem, causalidade) entre os índices de transparência e os de IDH ou PIB per capita?

O que mais me intriga é a origem desta corrupção encapotada. Será puramente uma questão de tráfico de influência, tipo "eu coço as tuas costas e tu as minhas" ou algo mais? Será pelo contentamento de ajudarmos alguém que nos é mais próximo ou pelo facto de não sermos assertivos o suficiente para rejeitar um pedido de um amigo, conhecido ou parente? Seremos uma nação de cobardes? Possivelmente.

Eugène Terre'Blanche

Foi ontem assassinado Eugène Terre'Blanche, o ex-líder dos Afrikaner Weerstandsbeweging, na sua fazenda na África do Sul.
A primeira vez que ouvi falar deste este senhor foi numa antiga reportagem da bbc, feita pelo Louis Theroux. A entrevista, de finais da década de 90 (penso eu), mostra um homem completamente desligado da realidade sul-africana da altura, ainda com o sonho de construir um estado independente boer-afrikaner na parte oriental do país, nos locais da antiga República da África do Sul/Transvaal, Orange Free-state e Natal.
Mas o que mais me deixou perplexo, tal como ao entrevistador, foi medo que o homem inspirava.

Aqui ficam cerca de 5 minutos dessa entrevista:


O início

O Superavite nasce hoje!
Espaço de ideias, bitaites, divagações, palermices, dogmas, axiomas, postulados, teoremas, etc...
O espaço político e económico vai ser o nosso palco principal de intervenção, mas não o único! Tal e qual o professor Marcelo, temos opiniões sobre tudo! Nada escapará ao nosso radar.