quarta-feira, 28 de abril de 2010

João Galamba e a S&P

João Galamba, no blog Jugular, apresenta um raciocínio brilhante sobre o downgrade da S&P da dívida pública Portuguesa:

"Os mercados querem, os mercados agem, o mercados isto e aquilo. O 'mercado' faz o que lhe compete: especula e tenta ganhar dinheiro. Racionalidade? O comportamento de cada agente até pode ser racional, mas o resultado de tudo isto é uma enorme irracionalidade colectiva. Um exemplo é o facto da S&P dizer que baixa o rating por causa da falta de crescimento, sem atender ao facto que esse corte ainda agrava mais a situação portuguesa."

Para João Galamba, a S&P não deve fazer downgrades porque dificulta ainda mais a situação portuguesa. Para João Galamba, a S&P deve ajudar Portugal de alguma forma, como ignorando a situação financeira do país e basicamente não fazer o seu trabalho de forma isenta (bem sei dos podres das agencias de rating, mas neste caso é atirar areia para os olhos).

É o Estado Português que tem de mostrar credibilidade e garantir aos credores que vai pagar as suas dívidas! Obviamente que Portugal está a ser penalizado pelo problema grego, mas a responsabilidade é nossa! Foi Portugal que teve um défice orçamental de 9,4%, uma dívida pública directa perto dos 80%, com perspectivas de subida a cima dos 100% nos próximos 2 anos, e é Portugal que apresenta estimativas de crescimento ecónómicas abaixo de 1% para os próximos 2 anos.

A S&P não tem de nos ajudar em nada...somos nós que temos de fazer o nosso trabalho!

1 comentário:

  1. Lol
    Sobre o post deste menino:
    1. Não percebo como quer transformar a S&P na Santa Casa da Mesericórdia.
    2. Quanto à assumpção de que os mercados não querem outro PEC, veremos a reacção dos mesmos à antecipação de algumas medidas do actual PEC.
    3. Óbvio que parte dos défices foram para financiar a crise financeira, no entanto, os problemas que a Grécia e Portugal enfrentam são muito mais estruturais do que conjunturais. Os 86% de dívida pública não são meramente para financiar a crise.
    4. O que não é sustentável politica e socialmente é manter o níveis de despesa actuais, endividando-nos alegremente (Estado e Privados).
    5. Política? Foi a política que nos colocou nesta situação, permitindo que o populismo falasse sempre mais alto, com um sector público sobredimensionado, inundando-nos com laxismo, preguiça e protegendo-nos do mercado. Matando o empreendorismo.
    6. Ele tem é que compreender que não é uma questão de esquerda ou direita, é uma questão de bom senso.
    Viva os boys!

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