domingo, 4 de abril de 2010

Celibato, dizem eles...

As recentes notícias sobre abusos sexuais de padres da igreja católica, de todos os cantos do mundo, sobre menores, vêm trazer a lume, a polémica questão do celibato dos sacerdotes.
Findas as questões de direitos de propriedade que a sucessão dos padres trazia na Idade Média, então a questão que se coloca dever-se-ia relacionar com o desempenho dos padres.
Como em qualquer profissão a questão principal deve estar ligada ao desempenho das suas funções e cumprimento dos seus objectivos, sejam eles espalhar a palavra de Deus ou os bons princípios morais, ou tornarmos melhores seres humanos.
Será que um Padre casado e com filhos tem menos autoridade para fazer comentários sobre como ajudar o próximo? Será que esse facto o vai distanciar de Deus? Não me cabe a mim dizer. Existem no entanto várias experiências de padres católicos casados. Podem assim realizar-se comparações. Como em qualquer organização que se preze.
O argumento de que o celibato é única forma verdadeira de mostrar a sua devoção por Deus, parece-me fraco até porque o verdadeiro objectivo da igreja deveria ser o de converter um número máximo de fiéis e não apenas restringir a vida de meia dúzia de mensageiros.
Em último caso, defendo que voltemos à abstinência no dia da celebração da eucaristia. Era um passo em frente.
Agora não me venham dizer que não há qualquer relação entre os casos de pedofilia e o celibato dos padres. E nem que os casos relacionados com a igreja representam apenas 0.4% do total. Cada caso é repugnante e deve ser evitado a todo o custo, se soubermos como. E neste caso, temos uma pista.

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