Todos já experimentámos a sensação de termos demasiadas escolhas. A variedade de molhos para salada que o Barry Schwartz refere no vídeo, de marcas de cereais ou de tipos de portáteis, faz com que em muitas situações das nossas vidas nós bloqueemos e posteriormente lamentemos decisões que tomámos, deixando-nos menos felizes.
O argumento deste senhor é o de que, mais escolhas, para além de um determinado nível hipotético, nos farão mais infelizes pelos argumentos supracitados. E o que pode parecer insignificante se a escolha for entre maçãs starking e royal gala, o impacto na nossa vida pode ser substancial se for na escolha de um plano de pensões ou compra de uma casa.
Hoje as possibilidades são imensas e decerto que muitos de nós já passámos algum tempo com o écran branco do google, enquanto tentávamos discernir o que realmente estávamos à procura.
Eu pessoalmente discordo do Barry. Penso que o problema, não é o das escolhas em demasia, mas o de no fundo criarmos os mecanismos de triagem necessários, como alguém referia nos comentários ao vídeo. O google em si já é um mecanismo de triagem, um farol no infindável rol de opções que a internet hoje nos proporciona. O período em que vivemos é o de adaptação a esta nova realidade. E a sucessão de experiências, ou aconselhamento necessário, trarão escolhas mais conscientes e satisfatórias.
As escolhas, são o que nos torna interessantes, o que dá cor às nossas vidas, o que nos suscita curiosidade. Nós não temos capacidade de processar tantas escolhas? Então arranje-se algo que o faça por nós. Mas de uma forma personalizada. E neste campo estarão de certeza algumas das ideias mais rentáveis dos próximos anos.
Até porque, nem todos gostamos do amarelo.
PS: Refira-se no entanto que aqui quando falo de felicidade, não falo de felicidade sintética. Essa fica para o próximo post, que até poderá parecer contraditório, mas não é.
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