quarta-feira, 7 de abril de 2010

Internet vs. Televisão


Muitos têm tentado comparar a internet à televisão. Falam apenas da transferência de vícios daqueles que antes não concebiam uma casa sem televisão (para onde é que o sofá fica virado), e que agora não concebem a sua vida sem um portátil e uma ligação de alta velocidade. 
Muitos pensam que é apenas uma transformação na tecnologia e na forma como a informação é apresentada. Discordo totalmente.

A mudança, é em todo o modelo em si e está a transformar-nos profundamente. Os que aderiram à internet, buscam a informação de uma forma activa, desenvolvem os seus interesses, partilham-nos de uma forma interactiva. Segregam fontes com mais facilidade, ouvem e lêem diferentes abordagens, pensam e promulgam o seu parecer numa infindável lista de blogues, jornais online, etc. 

Vários movimentos se criaram na internet, um dos mais interessantes é o da revolta dos consumidores. Nunca o escrutínio a um simples comando de tv, por exemplo, foi tão grande. Queremos saber todas as especificidades e se os utilizadores que compraram o mesmo item estão felizes com a escolha. Aos poucos a pressão passa para o lado do fabricante, sendo este o melhor método de controlo de qualidade que eu conheço.

A televisão, por muita capacidade de escolha que tenhamos (1000 canais, com recurso a meos, a gravação de programas, etc), será sempre uma opção passiva, preguiçosa, tendo criando gerações de mentecaptos, onde infelizmente me incluo. Os problemas não são explicados porque não há tempo, as verdadeiras questões não são debatidas, porque o tempo se esgotou. Nisso têm razão, o tempo da televisão está esgotado.

Consciente ou inconscientemente esta alteração está a mudar as nossas vidas, a forma como vemos a sociedade, como vemos os outros. A este nível os nosso filhos terão mais sorte do que nós, a outros nem por isso.

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