domingo, 12 de setembro de 2010
domingo, 5 de setembro de 2010
Catcher in the rye
Catcher in the rye. O último livro que li. Sempre resisti a ler este livro. Mesmo depois, de muitos o terem considerado uma das obras primas da literatura “contemporânea”. Nem a sugestão de Woody Allen me levou a ler este livro. Só recentemente cedi quando uma amiga minha comparou a minha forma de me expressar à do Holden Caulfield, um adolescente novaiorquino da classe alta que é o narrador do livro. Este jovem acabou de ser expulso do colégio e o livro é o narrar dos 3 dias após a expulsão, antes de regressar a casa.
Confesso que não consegui encontrar grandes paralelismos, talvez apenas no uso de muita linguagem coloquial (i.e. palavrões) (só os americanos para considerarem este livro uma obra prima). Claramente este jovem parece-me muito mais espirituoso aos 16 do que eu sou hoje aos , bem…, mais de 16. Logo não vejo a comparação.
Quando à versão portuguesa, digamos que a sofrível nova tradução, não abona muito em favor do livro. Aliás baseia-se em algo com que não concordo. A tradução não deve ser revista apenas para que contemporaneamente as pessoas consigam interpretar os livros mais facilmente. Não vejo muitos tradutores a reescreverem Shakespeare. A linguagem coloquial deve ser tratada da mesma forma. Não acredito que Salinger quando escreveu, estivesse a pensar em palavras como “armante” (será que queriam dizer convencido?!) , “chunga “(e todos os derivados da palavra, chungoso, etc), ou mesmo “porreiro” ou "banzado"(nunca tinha ouvido a expressão). Sinceramente a espaços tive muita dificuldade de acreditar se tratava de alguém a viver nos anos 50 não fossem as referências incessantes ao bridge. Nem vou falar da tradução do título “Catcher in the rye”, que ficou “À espera no centeio”, e que mesmo assim ainda foi uma evolução positiva do totalmente disparatado “Uma agulha no palheiro”. Que tal um “ jogar à apanhada no centeio”, igualmente ridículo mas pelo menos mais adequado?
De resto é claramente um livro a ler, que vale sobretudo por algumas passagens.
“-Vamos ter montes de tempo para fazer essas coisas… todas essas coisas. Quer dizer, depois de ires para a universidade e assim, e se viremos a casar e assim. Vamos ter montes de sítios estupendos onde ir.
-Não, não vamos ter montes de sítios onde ir, seria completamente diferente. (...) Teríamos de descer de elevador cheios de malas e o resto. Tínhamos de telefonar a toda a gente para nos despedirmos e mandar-lhes postais dos hotéis e tudo. E eu havia de ter um emprego num escritório qualquer, a ganhar uma data de massa, a ir para o trabalho de taxi ou nos autocarros da Av. Madison, a ler os jornais, e a jogar bridge o tempo todo, e a ir ao cinema a ver uma data de curtas metragens estúpidas e de anúncios de filmes e actualidades. Actualidades. C’um caraças. Há sempre uma estúpida corrida de cavalos, e uma dama qualquer a partir uma garrafa contra um barco, e um chumpanzé a andar na merda de uma bicicleta vestido com umas calças. Não seria a mesma coisa. Não estás mesmo a ver o que eu quero dizer.”
“De quem Jesus havia de ter gostado realmente era do tipo que toca os tímbalos na orquestra. Desde os 8 anos que o vejo. O meu irmão Allie e eu, se estávamos com os nossos pais e tudo, costumávamos levantar-nos dos lugares e ir para a frente para o podermos ver. É o melhor timbalista que eu vi na vida. Só tem de bater os tímbales umas duas vezes durante todo os espectáculo, mas nunca parece chateado enquanto está à espera. E depois quando os bate, fá-lo muito bem, muito suavemente, com aquela expressão de ansiedade na cara.”
“ Entre outras coisas, descobrirás que não és a primeira pessoa a quem o comportamento humano alguma vez perturbou, assustou ou mesmo enojou. Não estás de modo nenhum sozinho nesse ponto, e isso deve servir-te de incitamento e de estímulo. Muitos, muitos homens se sentiram tão perturbados , moralmente e espiritualmente, como tu estás agora. Felizmente alguns deixaram memórias dessa perturbação. Tal como um dia, se tiveres alguma coisa para dar, alguém há-de aprender contigo. E isto não é instrução. É história, é poesia. Não estou a tentar dizer-te que só os homens instruídos e com estudos estão preparados para dar alguna coisa ao mundo. Não é verdade. Mas afirmo que os homens instruídos e com estudos, se para começar, forem inteligentes e criativos, o que infelizmente raramente acontece, tendem a deixar atrás deles memórias mais valiosas do que os homens simplesmente brilhantes e criativos. Tendem a exprimir-se mais claramente, e normalmente têm a paixão de seguir os seus próprios pensamentos até ao fim. E, o que é mais importante, nove em cada dez, vezes são mais humildes do que os pensadores sem estudos.”
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
"Portugal é o campeão do crescimento"
E já estamos em rota de divergência face à média da UE (1.4% versus 1.9% 2T YoY).
Aguardam-se comentários de José Sócrates...
sábado, 14 de agosto de 2010
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Cidade Proibida
domingo, 8 de agosto de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
€350 milhões
Morte
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Espremer o limão
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Se a dor de cotovelo matasse!
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Festivais de Verão- SBSR
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Os melhores dias de Olegário
Ainda Moutinho
Portugal Telecom vs. Telefónica (versão golden member)
sábado, 3 de julho de 2010
Moutinho no Porto
Europeu ou Mundial?
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Momento Chávez
It was about time
Fora-de-jogo
domingo, 27 de junho de 2010
Fernando Nobre, demasiado coloquial
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Flash Parlamento
Gabriel Alves
terça-feira, 15 de junho de 2010
Nani
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Brawnix e Beefix

Uderzo e Goscinny publicaram "Astérix chez les Belges" em 1979. Asterix e Obelix partem em direcção à região da Belgae ressentidos com a declaração de admiração de Júlio César ("entre os povos gauleses, os belgas são os mais corajosos"). Após entrarem na Belgae, deparam-se com uma aldeia de corajosos belgas que bebem cerveja e comem carne com a mesma facilidade com que massacram soldados romanos. Curiosamente, a aldeia belga é governada por dois chefes, Brawnix e Beefix, que estão sempre prontos a discutir um com o outro!
Por mais que os descentes francófonos de Beefix resistam, motivados pelo menor desenvolvimento económico da Valónia e pelo romantismo da Guerra de Independência de 1830, será praticamente inevitável uma separação definitiva das duas regiões. Para quê prolongar a existência de um "não país", com duas línguas e culturas diferentes unidas por uma monarquia de origem alemã escolhida por britânicos e franceses???
O impasse político dos últimos anos tem sido de tal modo absurdo, que quanto mais cedo se resolver melhor. Em 1992, na ex-Checoslováquia já se fez algo semelhante. É apurar um rácio e começar a dividir os bens...
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Shame on you, Nederlanders
terça-feira, 8 de junho de 2010
"I always even out"
"Udinese e Catania querem Grimi"!
Austeridade
"Alemanha prepara redução salarial na função pública e corte das prestações sociais".
Aquela mentalidade prussiana inflexível não vai dar mesmo "abébias" ao resto da zona Euro...
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Esquizofrenia parte 2
Neste entrevista, Manuel Alegre revela que quer basicamente tudo ao mesmo tempo! Consolidação das contas públicas, reforço do Investimento Público, Reforço dos Apoios Sociais, tudo! Um conjunto de zig-zags, de lugares comuns, de chavões ideológicos de esquerda, numa tentativa de agradar a todas as esquerdas (até um piscar de olho ao PC).
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Jornalismo de excelência!
Podia ser que ninguém reparasse
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Esquizofrenia
Quando lhe pedirem a opinião sobre uma qualquer medida do PEC, o que vai fazer? Vai apoiar cortes nos apoios sociais e perder eleitorado do BE? Vai desfilar pela Av. da Liberdade numa qualquer greve e perder eleitorado do PS? Vai recitar um poema sobre a selecção nacional de futebol? Como irá manter-se no limbo sem cair durante + de 6 meses?
A situação é de tal modo absurda que até pode ser que funcione! A imprevisibilidade da política é tão grande, que tudo é possível...bem quase tudo!
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Cada vez mais longe
terça-feira, 25 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Merda
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Telhados de vidro
quinta-feira, 20 de maio de 2010
PT vs. Telefónica round 2 (...of many more to come)
De Espanha...
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Jorge Coelho
O país agradece o favor que Jorge Coelho nos fez em não ter decidido ser primeiro-ministro.
Não satisfeito com a declaração anterior, jorge Coelho referiu ainda que não tenciona voltar à vida política e que "só um maluco é que se mete nisso". É bastante curioso o desprezo de Jorge Coelho pela vida política neste momento, vindo de uma pessoa que deve o cargo que ocupa como CEO da Mota Engil (700 mil euros no bolso em 2009) ao facto de ter sido ministro das obras públicas e líder "de facto" do aparelho do PS durante mais de 10 anos. Soa um pouco a ingratidão, não...
Estive mesmo fora estes últimos 2 dias
Greenberg
Falta-te um bocadinho assim...
domingo, 16 de maio de 2010
A sucessão socialista
Apesar de mais discretos que os seus adversários sociais-democratas, os socialistas começam a posicionar-se à sucessão de Sócrates por entre os cacos em que se encontra o partido. Dividido entre PEC e não PEC, ou talvez mais Poder e não Poder, entre Alegre e não Alegre, o PS começa a apresentar uma progressiva desagregação interna. Sócrates já não é o líder intocável do passado. Quem diria? O jogo das cadeiras rosas já começou!
A aposta militar
sábado, 15 de maio de 2010
Contradições
Quando via a transmissão da visita, eu imaginei este cenário:
Vamos supor que durante o decorrer de qualquer uma das missas sai da multidão uma pessoa que se dirige ao altar. Vamos supor também que essa pessoa é a Alexandra Solnado. Ela dirige-se ao altar e afirma que vê e fala com deus. Qual é que seria a reacção do Papa e de todos os crentes? Aposto que todos, sem excepção, iriam dizer que a senhora era maluca. Isto não é pouco lógico?
Isto é o que me faz confusão nos católicos. Todos eles são devotos fiéis e acreditam que deus existe apesar de nunca o terem visto ou ouvido (Até aí tudo bem, eu também acredito que o Euromilhões existe sem nunca o ter visto nem nunca ter conhecido ninguém a quem tivesse saído). No entanto, se aparece alguém a dizer que falou com ele ou o ouviu, essa pessoa passa por maluco. Estão perante alguém que pode provar que aquilo em que eles acreditam é real e a primeira coisa que fazem é descredibilizar essa pessoa. Enfim… é apenas mais uma das contradições da malta católica!
Não percebo porquê
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Fusão!

quarta-feira, 12 de maio de 2010
Irracionalidade
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Acabámos de perder o Mundial
Portugal- Exemplo a seguir?
domingo, 9 de maio de 2010
Subsídio de desemprego
Só porque merece
sábado, 8 de maio de 2010
New Lino
O Ministro das Obras Públicas acabou de assinar a adjudicação do TGV mas afirma que a Terceira ponte do Tejo vai ser reponderada.
Surge então a questão:
- Sem ponte como é que vai o comboio para Lisboa? Pelo ar? Teletransporte?
Esta "reponderação" é pura ficção! Obviamente, que um projecto implica a existência do outro. Se não é essa ponte, será outra construída!!! Este novo ministro já atingiu os pergaminhos do seu antecessor...
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Lib-Dem
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Constâncio
Eleições no Reino Unido
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Castelo de cartas

Ecos lá fora
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Felicidade
quinta-feira, 29 de abril de 2010
The End
Palavras para quê?
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Baby steps
João Galamba e a S&P
"Os mercados querem, os mercados agem, o mercados isto e aquilo. O 'mercado' faz o que lhe compete: especula e tenta ganhar dinheiro. Racionalidade? O comportamento de cada agente até pode ser racional, mas o resultado de tudo isto é uma enorme irracionalidade colectiva. Um exemplo é o facto da S&P dizer que baixa o rating por causa da falta de crescimento, sem atender ao facto que esse corte ainda agrava mais a situação portuguesa."
Para João Galamba, a S&P não deve fazer downgrades porque dificulta ainda mais a situação portuguesa. Para João Galamba, a S&P deve ajudar Portugal de alguma forma, como ignorando a situação financeira do país e basicamente não fazer o seu trabalho de forma isenta (bem sei dos podres das agencias de rating, mas neste caso é atirar areia para os olhos).
É o Estado Português que tem de mostrar credibilidade e garantir aos credores que vai pagar as suas dívidas! Obviamente que Portugal está a ser penalizado pelo problema grego, mas a responsabilidade é nossa! Foi Portugal que teve um défice orçamental de 9,4%, uma dívida pública directa perto dos 80%, com perspectivas de subida a cima dos 100% nos próximos 2 anos, e é Portugal que apresenta estimativas de crescimento ecónómicas abaixo de 1% para os próximos 2 anos.
A S&P não tem de nos ajudar em nada...somos nós que temos de fazer o nosso trabalho!
Ponto da situação
Falemos então de bom senso. Não percebo a posição dos responsáveis políticos portugueses. É como um maquinista acompanhar um descarrilamento impávido e sereno, enquanto repete mensagens autistas sobre as condições da linha. Não acho compreensível este sentimento de surpresa quando todos os sinais indicavam que o rating da nossa dívida iria baixar. Não compreendo a falta de ambição no nosso PEC. 8,3% de défice em 2010?! Será melhor revê-lo agora depois de todos os ataques especulativos, crescimento do custo da dívida para níveis recorde e quebra do Psi-20 em mais de 20% desde o ínicio do ano?
É muito fácil apontar factores externos. Falta de liderança europeia e consequente solidariedade, os especuladores, as agências de rating, etc. No entanto nós temos que fazer o nosso papel. Só se o fizermos bem, podemos exigir aos outros um maior empenho em ajudar-nos na nossa situação.
O que temos a fazer então? Temos de ser ambiciosos. Apresentar um novo PEC. Que realmente ataque as despesas, mesmo as despesas com pessoal. Se há algo de bom que esta situação trouxe, foi a de urgência, de necessidade. É sempre mais fácil de implementar medidas se estas forem impostas por agentes externos.
Se a credibilidade dos nossos números é vista como uma questão importante (como é normal que seja), então venham equipas de entidades externas auditar as nossas contas. Quem não deve não teme. Devemos estar disponível para qualquer escrutínio externo se depois quisermos usufruir da denominada solidariedade europeia.
Apesar de neste momento não estar no topo da agenda, continuamos a manter os investimentos megalómanos nos transportes que irão trazer muito pouco valor acrescentado. Vejamos o exemplo da minha cidade natal Beja, e o seu novo aeroporto, ou deveria chamar-lhe parque de estacionamento de aviões? Volto a relembrar o bom senso. O riscar estes projectos seria dar um sinal de credibilidade e empenho por parte do governo em colocar as contas em ordem e não embarcar neste projectos de retorno bastante duvidoso.
Bloco Central. Mais uma vez se o problema da governabilidade é visto como um factor de instabilidade, então o consenso deve ser criado. Neste momento apenas temos uma direcção, o consenso não deveria ser tão difícil.
Muitos dirão que o caminho que aponto é apenas um ceder aos caprichos dos mercados internacionais. Porém, nós não estamos em posição de "tough bargainers", temos de engolir o orgulho e seguir em frente.
Neste momento, no entanto, o maior risco é no entanto de uma solução à portuguesa. De colocar os problemas para debaixo do tapete, adoptando apenas soluções de curto prazo, através de mais receitas extraordinárias ou outras que tais. Devemos agradar os mercados, mas mais do que termos uma indicação de um número agradável de défice no curto prazo, temos que adoptar soluções responsáveis para não vivermos neste "limbo" constante nos próximos anos.
O momento é agora, mãos à obra.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Imaginação
Espero que ambos tenham a noção de que, se o país entrar numa espiral semelhante à grega, muito dificilmente a UE salvará 2 países da insolvência. Portugal tem de agir já, reduzir despesa e acalmar os mercados, de dívida e bolsista. Mas reduzir a sério a despesa pública, com coragem, tomar medidas difíceis, chega de atirar os problemas para trás das costas ou para lá de 2013. É necessário um corte urgente nas despesas correntes do estado, nas despesas sociais, nos mega-investimentos públicos, privatizar empresas inviáveis dentro do sector público (transportes, TAP, RTP, etc...). Há tanto por fazer. Pede-se sobretudo imaginação!





